O Quake é uma experiência temática que nos dá a ver e a sentir o Grande Terramoto de Lisboa. É um convite, sob a forma de uma viagem no tempo, a descobrirmos mais sobre o Terramoto de 1755, sobre a época do Iluminismo, sobre Lisboa e sobre eventos sísmicos. Estarmos melhor preparados para um novo sismo é a razão de ser do Quake.
O nosso Manifesto
Há coisas garantidas.
A vida está cheia de garantias,
dos impostos no país aos beijos das tias.
Até o amor dos cães sem subtilezas,
comprova que a vida tem as suas certezas.
Em Portugal, há uma em particular,
mais tarde ou mais cedo, a terra vai abanar.
Em 1755, o Grande Terramoto foi uma calamidade,
sacudiu um império e arrasou uma cidade.
“Foi ira de Deus”, muita gente acusou,
as placas tectónicas que a ciência já explicou.
Temos de nos ir preparando:
não é uma questão de “se” mas de “quando”.
E contra o sismo que certamente ocorrerá,
aprender e prevenir é o melhor que há.
Portanto, prepare-se e espere o inesperado.
Dizer que um terramoto pode surgir de repente,
não é exagerado.
Quake.
Espere o inesperado.
Sobre a ideia e ambição
Na longa história de Lisboa, há - sem surpresa - um momento em particular que nos fascina, intriga e inquieta. O dia 1 de novembro de 1755. Primeiro, pela dimensão da tragédia humana que provocou. Depois, porque, com o que sabemos hoje, é difícil esconder uma ponta de orgulho pela forma pronta, decidida e visionária (poderíamos mesmo dizer, iluminada) com que as autoridades da época reagiram à catástrofe. Por fim, porque aquele dia mudou a cidade para sempre. A Lisboa que conhecemos foi construída sobre uma outra, irremediavelmente perdida. O que nos levou a fazer uma pergunta: e se fosse hoje, estaríamos individual e coletivamente mais bem preparados? O Quake é a resposta a essa pergunta.
Sobre as pessoas e o talento
Mas como contar a história do dia que mudou Lisboa para sempre? Como ligar o carácter lúdico da experiência que oferecemos e o rigor pedagógico de que não abdicamos? O passado, o presente e o futuro? Dar vida à magnitude dos acontecimentos - não descurando a complexidade e riqueza de detalhes e tendo presente as limitações das reconstruções históricas – fez-nos ir além dos habituais mecanismos expositivos. A narrativa do Quake, o rigor histórico e científico e o recurso a tecnologia – imersiva durante e intuitiva após a visita – são combinados para nos despertar a vontade e o interesse em descobrir mais, no presente.
Para tornar o Quake possível, reunimos saber e talento, tecnologia e criatividade. Os trabalhos iniciais dos sismólogos Susana Custódio e Luís Matias, professores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e investigadores do Instituto Dom Luiz, bem como do historiador e escritor André Canhoto Costa, constituem a fundação sobre a qual começamos a criar o Quake. Marta Pisco, produtora de teatro, foi a responsável por coordenar o processo criativo em articulação com os conteúdos científicos e históricos apresentados pelos especialistas.
O desenvolvimento do conceito e a criação da experiência foi tarefa da Jora Vision, uma empresa holandesa de design, produção e tecnologia. O atelier português Fragmentos esteve à frente do projeto do edifício Quake, em Belém, a principal zona de recreio, lazer e cultura da cidade. O Museu de Lisboa/EGEAC desempenhou o papel fundamental de parceria e apoio na pesquisa histórica e cedência de imagens e documentação que suportam a experiência. O desenho e comunicação da marca ficou a cargo da Little. A todos, o nosso obrigado. O mérito será de todos, os erros apenas nossos. Bem-vindo ao Quake - Centro do Terramoto de Lisboa. Que a aventura comece!
Os nossos parceiros
O Quake não seria possível sem o apoio de diversas entidades e instituições. Aqui partilhamos o nosso profundo agradecimento a todos os nossos parceiros que nos têm acompanhado ao longo desta viagem.