As placas tectónicas são blocos enormes de rocha sólida (pedaços de litosfera). A dimensão das placas na superfície da Terra varia muito, entre meras centenas e milhares de quilómetros de extensão. A espessura também varia, entre menos de 50 km e mais de 250 km.
As placas tectónicas movem-se de forma lenta mas inevitável. Também sofrem deformações, dobrando-se sob compressão e estirando-se sob extensão. Os sismos tectónicos ocorrem quando as forças entre duas placas são tão intensas que rompem falhas na litosfera sob os nossos pés.
Actualmente, os cientistas utilizam o Sistema de Posicionamento Global (GPS) e satélites semelhantes para rastrear a forma como pontos específicos da superfície terrestre se movem. Todas as placas têm limites que partilham com as suas placas vizinhas. Essas fronteiras entre placas dividem-se em quatro grandes tipos: convergentes, em que as placas se movem uma contra a outra; divergentes, em que as placas se afastam uma da outra; transformantes, em que as placas se movem lateralmente; e difusas, em que o movimento entre as placas é distribuído ao longo de redes complexas de falhas.
Portugal Continental está localizado na placa eurasiática (UE). Esta placa tem um limite divergente que afasta a Eurásia da placa norte-americana, e uma região convergente ao longo da qual a Eurásia é empurrada para a placa africana (núbia).
As placas tectónicas são feitas da litosfera terrestre, que compreende a crosta (a camada sólida mais externa da Terra) e o manto mais alto subjacente. A composição das placas varia consoante sejam continentais ou oceânicas. A crosta continental é composta por materiais leves em comparação com os materiais densos e pesados da crosta oceânica. A crosta e a litosfera continentais são muito mais espessas do que as suas equivalentes oceânicas. A diferença de espessuras e densidades entre o material oceânico e o material continental explica a diferença entre as elevações das suas superfícies. Tal como os icebergues, os continentes têm raízes profundas no interior do manto terrestre.
Sabia que...?
À medida que as placas tectónicas se movem umas em relação às outras — colidindo, separando-se ou deslizando apenas lateralmente — criam as montanhas, as depressões e outras “cicatrizes” que vemos na superfície terrestre.
Todos os anos, Lisboa afasta-se de Nova Iorque cerca de metade do comprimento de um polegar.
As placas tectónicas são feitas da litosfera terrestre, que compreende a crosta (a camada sólida mais externa da Terra) e o manto mais alto subjacente. A composição das placas varia consoante sejam continentais ou oceânicas. A crosta continental é composta por materiais leves em comparação com os materiais densos e pesados da crosta oceânica. A crosta e a litosfera continentais são muito mais espessas do que as suas equivalentes oceânicas. A diferença de espessuras e densidades entre o material oceânico e o material continental explica a diferença entre as elevações das suas superfícies.Tal como os icebergues, os continentes têm raízes profundas no interior do manto terrestre.A tectónica de placas e o vulcanismo são evidências da placa dinâmica que é a Terra e de que a sua dinâmica se circunscreve às camadas da crosta e do manto. O manto inferior interage com o núcleo externo — que é líquido e composto de ligas de ferro-níquel e outros elementos — e é aquecido a partir de baixo, pelo que o núcleo externo também contribui para a dinâmica do manto. É a convecção ativa de metal líquido no núcleo externo que gera o campo magnético da Terra, o qual se estende até ao espaço e nos protege da radiação cósmica, incluindo de partículas carregadas de vento solar. O núcleo interno tem uma composição idêntica à do núcleo externo, só que é sólido, conforme demonstra a propagação das ondas sísmicas.
À medida que as placas tectónicas se movem umas em relação às outras — colidindo, separando-se ou deslizando apenas lateralmente — criam as montanhas, as depressões e outras “cicatrizes” que vemos na superfície terrestre.Onde as placas se afastam, ao longo das cristas médio-oceânicas (1), o magma ascende à superfície e arrefece, criando nova crosta oceânica (2). Quando colidem (em 3) contra placas continentais, menos densas e menos pesadas (4), as placas oceânicas, mais densas e mais pesadas, mergulham por baixo daquelas em direção ao interior da Terra, num processo chamado subducção (5). A subducção (5) também ocorre quando duas placas oceânicas colidem (em 7). À medida que desce para o manto, a placa oceânica liberta água, baixando o ponto de fusão das rochas do manto e gerando magma, que ascende à superfície, o que cria arcos vulcânicos nas placas oceânicas (8) e vulcões nas margens continentais (4). A colisão entre duas placas continentais (em 6) leva à criação de enormes montanhas, devido ao encurtamento e espessamento da litosfera. As cristas médio-oceânicas são muitas vezes compensadas e ligadas por falhas transformantes (9). As cicatrizes destas falhas numa placa são zonas de fratura (9). A maioria dos sismos são gerados em fronteiras de placas.
O movimento das placas tectónicas que vemos à superfície está relacionado com a convecção do manto. À medida que deslizam para baixo do manto (2), as densas e frias placas oceânicas provocam um fluxo descendente (3). Algumas placas estagnam em descontinuidades do manto médio, enquanto outras continuam até ao fundo, aos limites do núcleo do manto (3). O fluxo ascendente de material está associado a colunas emergentes de rochas quentes e menos densas do manto (4). Estas colunas podem emergir tanto de níveis rasos como de depósitos profundos. Nas cristas médio-oceânicas (1), as placas divergem, abrindo espaço ao afloramento de manto que criará nova crosta. Os detalhes da convecção do manto e da sua interação com os movimentos tectónicos da superfície continuam a ser motivo de intensa investigação científica.
À medida que as placas tectónicas se movem umas em relação às outras — colidindo, separando-se ou deslizando apenas lateralmente — criam as montanhas, as depressões e outras “cicatrizes” que vemos na superfície terrestre. Se esvaziássemos os oceanos do planeta, seria possível identificar a maior parte das fronteiras de placas no mapa de relevo.
Quando comparados com a idade da Terra (4500 milhões de anos), os oceanos são muito jovens. Os domínios oceânicos mais antigos e extensos não têm mais de 180 milhões de anos. A explicação está nas placas tectónicas. Os oceanos mais antigos já sofreram todos subducções, estando agora a reciclar o manto.
BIBLIOGRAFIA
Grotzinger, J. & Jordan, T. H. (2020). Understanding Earth, 8th ed. MacMillan.
Stein, S. & Wysession, M. (2009). An introduction to seismology, earthquakes, and Earth structure. John Wiley & Sons.
Instituto Dom Luiz